Pedagogia Hospitalar: o que é e como surgiu?

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Nem sempre o profissional de Pedagogia trabalha dentro do ambiente escolar. Embora essa seja sua principal atuação, o campo para o profissional vem se estendendo nos últimos anos. Há, por exemplo, a Pedagogia Jurídica, Empresarial e também a Pedagogia Hospitalar.

Se você pensou que a função é dar aulas em um hospital, você acertou. A ideia dessa especialidade é levar o ambiente escolar para crianças e adolescentes que precisam ficar muito tempo internados. Assim, eles não perdem o ano de estudo e se mantêm atualizados.

Como o Pedagogo é formado para lecionar diferentes disciplinas, como Português, Matemática, Biologia e Ciências, de forma geral, ele terá habilidade para lidar com alunos das mais variadas idades e formações. No post de hoje, vamos conhecer como surgiu esse novo campo da Pedagogia.

Índice

  1. A educação no pós-guerra
  2. O que é a Pedagogia Hospitalar?
  3. A importância da Pedagogia Hospitalar
  4. Como se tornar um Pedagogo Hospitalar?

 

1. A educação no pós-guerra

Foi no fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, que a Pedagogia Hospitalar surgiu. Embora haja registros de ensino hospitalar antes desse período, foi nesse, em particular, que o mesmo se tornou mais frequente. A França se destaca no surgimento da Pedagogia Hospitalar, que tomou corpo na segunda metade do século 20. Estados Unidos e Alemanha passaram a adotar essa modalidade para que crianças com tuberculose pudessem continuar os estudos.

No Brasil, por volta de 1950, hospitais do Rio de Janeiro começaram a ensinar crianças enfermas em ambiente hospitalar. Mas, a prática só foi reconhecida em 1994 pelo Ministério da Educação (MEC), e regulamentada em 2002. 

A Lei 13.716 de 2018 assegura a assistência educacional a alunos da educação básica que estejam internados por muito tempo. Através desta legislação específica é possível identificar as normas de como se deve atuar em hospitais.

2. O que é a Pedagogia Hospitalar?

A Pedagogia Hospitalar é uma área que procura levar o ambiente da escola para dentro do hospital. E estamos falando de crianças e adolescentes com várias formações e histórias de vida. Assim, pacientes em tratamentos de saúde prolongados terão um atendimento especializado. Outros, que se feriram gravemente, terão atendimentos diferentes.

Vamos a exemplos. Uma criança que quebrou, de maneira séria, o braço com o qual escreve, passará um bom tempo com o membro imobilizado. Para que ela não perca o conteúdo escolar (visto que não conseguirá acompanhar as aulas), o Pedagogo Hospitalar poderá ministrar um treinamento para ajudá-la a escrever com o outro braço. Ou, poderá utilizar outros métodos para que esse aluno não perca o conteúdo da escola.

O mesmo acontece com crianças e adolescentes que estão se tratando contra o câncer. Muitas vezes eles precisam se isolar do contato com os colegas para se preservar. O pedagogo poderá fazer o acompanhamento desse pequeno paciente para que ele, ao voltar ao convívio com outros alunos, esteja em dia. O Pedagogo Hospitalar também pode fazer atendimentos em domicílio, durante o período de recuperação. 

3. A importância da Pedagogia Hospitalar

O interessante da Pedagogia Hospitalar é que a mesma não se restringe às disciplinas estudadas no hospital. Claro que isso é muito importante, afinal, assegura o direito à educação que todos têm.

Veja também: Mercado de trabalho em Pedagogia.

Mas, o trabalho do Pedagogo Hospitalar vai além. Como são pacientes que apresentam uma certa dificuldade para entender o que está acontecendo, a parte emocional é um pilar essencial. É preciso aprender a lidar com esse período distante dos colegas, entender o que está acontecendo com o seu corpo, porque ele precisa desse tempo e como o aprendizado da escola pode fazer a diferença para o aluno.

O contato com os familiares também faz parte do trabalho do Pedagogo Hospitalar. Ele orienta os pais ou responsáveis pelo paciente sobre o andamento do aprendizado. Além disso, pode obter mais informações sobre a vida do aluno. Isso ajuda até na elaboração de atividades específicas para as necessidades. Entram, também, os profissionais que atuam dentro do hospital. Instruções sobre como lidar com os pequenos enfermos deixa todo o ambiente mais tranquilo.

4. Como se tornar um Pedagogo Hospitalar?

Primeiramente, é preciso se graduar em Pedagogia. Assim,  já é possível atuar após a faculdade, ou ainda é possível fazer cursos de extensão para especialização na área. Além do conhecimento necessário para lidar com esse ambiente, é muito importante ter outros em vista.

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Trabalhar em hospitais requer saber, por exemplo, sobre doenças, transmissíveis ou não. O profissional precisa se cuidar e se precaver no atendimento para que também não adoeça. Da mesma forma, entender um pouco como funcionam os tratamentos pelos quais as crianças passam é um adicional à sua carreira. Afinal, o pedagogo precisa conhecer para poder orientar o paciente e familiares a respeito dos procedimentos a serem seguidos.

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Falando em conversar com familiares, o pedagogo precisa abordá-los de maneira humanizada. Entender que o paciente está em tratamento e merece cuidados, mas que também tem capacidades para lidar com a doença e com o aprendizado que está tendo no hospital.

Dessa forma, atividades de leitura, exercícios de reabilitação simples e lúdicos começam a colocar o paciente em contato novamente com outras pessoas. O aluno, ao voltar para a escola, estará em dia com o aprendizado e se sentirá integrado com os colegas. Sem contar que é muito bom poder voltar à escola – e é gratificante saber que o trabalho teve um bom resultado!

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