Tudo sobre a faculdade de Educação Especial

O mundo tem finalmente se tornado cada vez mais inclusivo, atendendo às demandas históricas de pessoas com necessidades especiais. E o ambiente escolar é uma das áreas que mais tem buscado adaptações nos últimos anos para isso, aumentando a busca pela Educação Especial.

Por isso, quem é apaixonado por essa área e quer fazer parte desse movimento em busca de proporcionar uma escola mais diversa e que acolhe a todos, deve se especializar nessa área.

É o seu desejo? Então, aproveite e conheça tudo sobre a faculdade de Educação Especial neste guia completo!

Como é a graduação de Educação Especial?

A graduação em Educação Especial é um curso que dialoga com a área de Pedagogia, sendo oferecido na modalidade de licenciatura. Possui uma grade completa, para qualificar profissionais que atendam estudantes com necessidades especiais.

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Educação Especial: formando profissionais para inclusão. Fonte: Shutterstock.

Vamos entender melhor a seguir sobre esse campo, detalhes acerca da graduação e conhecer mais nomes, institutos e eventos da área!

O que é a Educação Especial?

A Educação Especial é uma área dentro da Educação, destinada ao atendimento de alunos com necessidades educacionais específicas, que demandam tanto maior atenção quanto competências específicas.

Os profissionais dessa área são capacitados para atender os alunos com:

  • Deficiências físicas e intelectuais;
  • Transtornos globais do desenvolvimento (como pessoas com Transtorno do Espectro Autista — TEA — ou com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade — TDAH);
  • Altas Habilidades/Super Dotação (AH/SD).

Ela pode ser aplicada tanto em escolas regulares, proporcionando a educação inclusiva, quanto em instituições especializadas, garantindo acessibilidade e oportunidades equitativas de aprendizado.

A Educação Especial integra recursos importantes, como o Atendimento Educacional Especializado (AEE), uso de tecnologias assertivas, adaptações curriculares e suporte a outros profissionais da educação. Com isso, auxilia na inclusão educacional e social de pessoas com necessidades especiais.

Como é a graduação em Educação Especial?

A graduação em Educação Especial é geralmente oferecida na modalidade licenciatura, com duração média de 4 anos. Ela permite a formação de profissionais habilitados para exercerem suas atividades na Educação Básica.

Durante o curso, os estudantes aprendem sobre temas como uso de Libras em sala de aula, sistema Braille, uso de tecnologias assistivas, comunicação alternativa e práticas pedagógicas adaptadas.

Além disso, a formação prepara o aluno para desenvolver recursos educacionais adaptados e implementar intervenções pedagógicas adequadas ao público-alvo da Educação Especial.

Principais nomes, eventos e organizações na área de Educação Especial

O campo da Educação Especial possui grandes nomes em sua história, como intelectuais da Pedagogia e criadores de teorias importantes que trouxeram práticas inclusivas importantes para o ensino.

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Capacitação para atender alunos com necessidades especiais. Fonte: Shutterstock.

Além disso, também possui diversos eventos e organizações que ajudam a fortalecer esse campo, para que ele possa ter ainda mais expressão em todo o país. 

Vamos conhecer mais sobre os principais nomes a seguir!

Paulo Freire

Paulo Freire é um dos maiores educadores do mundo, sendo o brasileiro com maior número de citações acadêmicas nacional e internacionalmente — e um dos três intelectuais mais citados em todo o mundo!

Ele mudou a forma como a educação era realizada, ressaltando a importância de valorizar o contexto social dos alunos para potencializar o aprendizado. Além disso, também acreditava que os cidadãos deviam ser ensinados ao pensamento crítico, para transformarem sua realidade no futuro.

Suas ideias são aplicáveis na Educação Especial ao incentivar práticas pedagógicas que respeitam à individualidade e promovem a autonomia dos estudantes com necessidades especiais.

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” — Paulo Freire em “Pedagogia da Autonomia”.

Lev Vygotsky

Lev Vygotsky foi um psicólogo russo que se destacou por desenvolver a ideia da a importância do ambiente social no desenvolvimento cognitivo. Ou seja, que o ambiente molda e interfere diretamente na educação.

Também desenvolveu a tese de que a educação precisa ser ativa e não passiva, o que influenciou, posteriormente, a criação das Metodologias Ativas de ensino, com foco nos estudantes.

Sua teoria da “zona de desenvolvimento proximal” é amplamente utilizada na Educação Especial, pois sugere que o aprendizado é mais eficaz quando ocorre com o apoio de professores ou colegas, valorizando o aprendizado colaborativo.

Maria Montessori

Maria Montessori foi reconhecida como criadora do método Montessori, um dos pioneiros em práticas de educação acessível e personalização do ensino. Os pequenos são estimulados a explorar, questionar e aprenderem pela sua própria observação.

O enfoque na autonomia e desenvolvimento sensorial tem sido um grande aliado em salas de aulas inclusivas, especialmente no ensino para crianças com deficiências cognitivas e físicas.

Howard Gardner

Howard Gardner é um psicólogo cognitivo e influenciou fortemente o campo da Pedagogia com sua teoria das Inteligências Múltiplas. Ela afirma que cada indivíduo aprende de forma diferente e os educadores devem contemplar todas essas possibilidades.

 Esse conceito é essencial na Educação Especial para criar abordagens pedagógicas adaptadas às diferentes habilidades e estilos de aprendizado dos alunos. 

Também, é fundamental para criar um ambiente atrativo para todos, incluindo pessoas com transtornos globais do desenvolvimento e com super dotação, que podem se entediar facilmente ou não conseguirem manter a concentração em aulas com métodos tradicionais de ensino.

Anísio Teixeira

Anísio Teixeira foi um dos grandes nomes na defesa da escola pública no Brasil. Para ele, a educação deveria ser considerada um direito universal. 

Por isso, um dos institutos mais importantes do país, o Inep, leva seu nome (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). No campo da Educação Especial, ele também teve uma grande importância, enfatizando a inclusão escolar como um pilar da democracia educacional.

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Curso focado na inclusão educacional e social. Fonte: Shutterstock.

Helen Keller

Helen Keller é um símbolo sobre a importância da educação inclusiva para pessoas com necessidades especiais. Ela foi a primeira pessoa surdocega do mundo que conseguiu um diploma de bacharelado.

Ela se formou em Filosofia, mas nunca deixou o ativismo pela educação de lado, se tornando uma ativista da Educação Especial. Sua história mostra como a educação humanizada e intervenções pedagógicas adequadas podem transformar vidas. 

Jean Piaget

Jean Piaget foi um psicólogo que trouxe contribuições importantes sobre o desenvolvimento infantil. Sua teoria dos estágios de desenvolvimento ajudou a estruturar estratégias pedagógicas adaptadas, essenciais para o ensino personalizado.

Além disso, a identificação dos estágios de desenvolvimento também permite que os educadores possam identificar eventuais casos que mereçam atenção em sala de aula e, com isso,  conversar com psicopedagogos e com os pais para indicar investigações que podem levar a diagnósticos de neurodivergências, por exemplo.

União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME)

A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) é uma organização sem fins lucrativos criada para mobilizar os responsáveis pela educação municipal para o desenvolvimento de uma educação pública de qualidade e inclusiva. 

Uma de suas bandeiras é, justamente, trazer profissionais qualificados para proporcionar uma educação verdadeiramente inclusiva, atendendo às demandas de alunos diversos no ambiente escolar.

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)

A UNESCO é um dos maiores defensores da educação inclusiva no mundo. Seus programas e diretrizes, como os baseados na Declaração de Salamanca, ajudam a promover a inclusão de alunos com necessidades especiais em sistemas educacionais regulares.

Eles também se mobilizam para a criação e implementação de políticas públicas que aumentem a inclusão e diversidade em todas as esferas de ensino, com uma ação colaborativa entre as nações para este fim.

Instituto Benjamin Constant

O Instituto Benjamin Constant é uma referência nacional em educação inclusiva para pessoas com deficiência visual. 

Além de oferecer Educação Básica para quem possui esse tipo de necessidade, ele também oferece cursos de formação para professores, técnicos e profissionais que trabalham direta ou indiretamente com pessoas cegas, com baixa visão, surdo-cegueira e deficiência múltipla.

Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES)

O Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), localizado no Rio de Janeiro, é pioneiro no ensino de pessoas com deficiência auditiva no Brasil. Ele desenvolve currículos bilíngues (Português e Libras), além de oferecer capacitação em educação mediada por tecnologia e inclusão escolar para profissionais da área.

Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais

A Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais foi um marco para a área de Educação Especial. Foi realizada em Salamanca, na Espanha, em 1994, que consolidou princípios globais para a Educação Especial e inclusiva.

O evento resultou na elaboração da Declaração de Salamanca, que orienta políticas para garantir a educação de qualidade para todos. Entre as principais diretrizes do documento, estão:

  • As diferenças humanas são normais;
  • A aprendizagem precisa ser adaptada às necessidades da criança;
  • Toda pessoa com deficiência tem o direito de manifestar seu desejo e expectativas sobre a sua educação;
  • Os pais têm direito de serem consultados sobre a forma de educação que melhor se adéqua às necessidades dos seus filhos.
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Educação Especial: uma profissão com impacto social. Fonte: Shutterstock.

Quais são os tipos de Graduação em Educação Especial?

A graduação em Educação Especial é encontrada no formato de Licenciatura, com foco na formação de profissionais para atuarem na Educação Básica. 

Porém, algumas pessoas têm dúvidas se ele também está disponível em formatos como bacharelado ou tecnólogo. Se você também tem essa questão, veja mais sobre o assunto a seguir! 

Bacharelado em Educação Especial

Não há, no momento, bacharelado em Educação Especial no Brasil. Essa é uma modalidade que direciona profissionais para o mercado, com uma formação ampla e teórica e, por isso, não está tão alinhado com o campo da Educação Especial.

Porém, para quem tem interesse em seguir com um diploma de bacharel, uma opção pode ser realizar o bacharelado em Pedagogia e, posteriormente, realizar uma pós-graduação em Educação Especial.

Licenciatura em Educação Especial

A licenciatura é a modalidade principal para o curso de Educação Especial, já que ela é voltada à formação de professores para Educação Básica. O curso habilita os profissionais para lecionarem para alunos com necessidades especiais nesse nível de ensino.

Além disso, ela não é limitante, permitindo que os especialistas possam atuar em outras instituições ligadas à educação. Por exemplo, pode atuar em clínicas voltadas para terapias de suporte a pessoas com transtorno global do desenvolvimento.

Por ser focada para o desenvolvimento de professores, as disciplinas são direcionadas para questões da área de Pedagogia, com conteúdos teóricos e, também, práticos. Por exemplo, ao longo da formação, a pessoa pode ser preparada para desenvolver recursos educacionais adaptados.

Tecnólogo de Educação Especial

Não estão disponíveis opções de tecnólogo em Educação Especial no Brasil. Isso porque, para poder atuar nesse campo, é preciso ter uma formação mais complexa e abrangente e um curso de curta duração não conseguiria suprir essa demanda.

A faculdade de Educação Especial é boa?

As faculdades de Educação Especial que estão disponíveis em todo o país, geralmente, possuem uma boa qualidade, sendo uma excelente escolha para quem deseja atuar no ensino inclusivo.

Isso acontece porque, para poderem funcionar e terem o diploma validado pelo Ministério da Educação (MEC), as instituições precisam passar por avaliações com critérios bem rigorosos do ministério.

Vamos conhecer mais detalhes sobre o assunto a seguir!

A faculdade Educação Especial é aprovada no MEC?

Sim, o Ministério da Educação (MEC) autoriza a abertura de curso de graduação em Educação Especial no Brasil. Além disso, ele também avalia criteriosamente as instituições, para decidir se eles podem continuar funcionando ou não.

Na avaliação, são levados em consideração alguns pontos essenciais, entre eles:

  • Qualidade de ensino;
  • Infraestrutura da instituição;
  • Formação do corpo docente;
  • Nota no Enade.
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Desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas. Fonte: Shutterstock.

Por isso, é fundamental você identificar se a sua opção é aprovada pelo MEC. Caso contrário, o diploma não será válido e você não poderá comprovar sua qualificação na hora de participar em processos seletivos.

Mas não é só isso que deve ser levado em consideração. Afinal, você quer a melhor formação, não é mesmo?

Para saber se a instituição escolhida é a mais indicada para transformá-lo em um profissional excelente para o mercado, é importante considerar os seguintes pontos:

  • Nota do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes): o exame avalia o conhecimento adquirido pelos alunos durante a graduação. Notas maiores indicam que os alunos saem preparados para lidarem com os desafios do mercado;
  • Índice Geral de Cursos (IGC): avaliação que considera tanto a nota do Enade quanto outros critérios para definir a qualidade da instituição como um todo. As instituições com nota 4 e 5 serão as melhores para sua formação;
  • Ranking Universitário Folha (RUF): ranking feito pelo grupo Folha de São Paulo e considera critérios importantes como ensino, inovação, mercado de trabalho, pesquisa e internacionalização. As universidades melhor pontuadas são as que podem oferecer a melhor experiência para sua formação;
  • Comentários de ex-alunos: ouvir os relatos de pessoas formadas na instituição ajuda a conhecer mais a experiência deles durante a graduação e identificar pontos fortes e fracos da faculdade.

Ao analisar esses indicadores, você garante que a escolha do curso esteja alinhada às suas expectativas e possa formar um excelente professor para Educação Especial.

Aprovação do curso de Educação Especial no mercado

O mercado de Educação Especial é bastante receptivo a profissionais qualificados, devido à crescente demanda por práticas inclusivas em escolas regulares e especializadas, além de organizações públicas e privadas. 

Há um alto número de escolas que estão mudando seu sistema interno, para tornar o ensino mais inclusivo. Para isso, tem se tornado cada vez mais fundamental ter especialistas nessa área.

Os graduados nessa área encontram oportunidades em:

  • Escolas públicas e privadas;
  • ONGs e centros de terapias;
  • Órgãos governamentais e empresas de consultoria.

Qual o perfil ideal de aluno de Educação Especial?

Os estudantes que optam por fazer a formação em Educação Especial devem ter algumas características e habilidades que irão ajudá-los a lidar com diferentes contextos de inclusão e adaptação para necessidades específicas.

Conhecer esses pontos auxilia a se preparar tanto antes da sua matrícula quanto, também, durante a formação. Vamos apresentar os principais pontos a seguir e dicas que ajudarão em sua rotina de estudos!

Personalidade do aluno da área de Educação Especial

O aluno da área de Educação Especial deve ter uma personalidade empática, colaborativa e atenciosa, pois isso ajudará no dia a dia da profissão. 

Conheça a seguir outros pontos da personalidade que você deve desenvolver durante sua formação!

Empatia

A empatia é indispensável na Educação Especial. O profissional precisa dessa habilidade para compreender a vivência de pessoas com deficiência ou necessidades especiais e oferecer suporte genuíno.

Essa característica permite, também, facilitar a criação de vínculos com os estudantes, proporcionando uma educação humanizada e que seja, de fato, acolhedora.

Paciência

Trabalhar com alunos que apresentam diferentes ritmos de aprendizado pode ser desafiador, exigindo paciência. Essa habilidade ajuda a respeitar o tempo de cada estudante, persistindo nas estratégias até alcançar os objetivos pedagógicos.

Isso ajuda, também, no ponto anterior. Diante de momentos mais difíceis, a paciência ajuda o profissional a conseguir se colocar no lugar os alunos, potencializando a empatia.

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Formação para lidar com diferentes tipos de deficiência. Fonte: Shutterstock.

Habilidade de comunicação

Os educadores precisam ter uma boa capacidade de se comunicar de forma clara e acessível. É preciso que eles consigam se expressar para serem entendidos por pessoas com diferentes níveis de aprendizagem e desenvolvimento.

Além disso, eles também precisam dialogar bem com os pais, conseguindo expressar o cenário que encontram em sala de aula de forma que eles entendam o que está acontecendo.

Ainda nesse campo, é importante dominar formas de comunicação acessíveis para pessoas com diversas necessidades. Portanto, ao longo da sua formação, estude sobre Libras, sistema de braile e outras formas de comunicação inclusiva.

Flexibilidade

Os profissionais dessa área devem ser flexíveis, adaptando suas práticas pedagógicas para as necessidades de cada aluno. A flexibilidade para replanejar estratégias e criar formas de conseguir potencializar a aprendizagem para cada demanda.

Muitas vezes, será necessário ter soluções criativas e, por isso, é importante que os futuros profissionais leiam estudos de caso, para se inspirarem em medidas inovadoras que deram certo anteriormente.

Resiliência

A Educação Especial pode apresentar vários desafios emocionais, especialmente quando há uma infraestrutura que não está 100% adequada para a educação inclusiva. 

Nesse caso, a resiliência será fundamental para superar obstáculos, mantendo o foco nos objetivos de inclusão e aprendizado. O contato com outros colegas e o suporte para saúde mental (como terapia) pode fazer toda a diferença nesse momento.

Capacidade de trabalho em equipe

Na rotina em Educação Especial, a colaboração com outros profissionais é fundamental para a formação de alunos com necessidades especiais. No dia a dia, esses especialistas vão interagir com professores, terapeutas e famílias.

Por isso, é preciso ter habilidade para trabalhar em equipe e construir parcerias que enriquece as práticas pedagógicas e proporciona todo o suporte e acolhimento necessários para os estudantes.

Interesse em aprender continuamente

A Educação Especial é uma área que tem passado por fortes mudanças, com várias pesquisas sendo realizadas sobre o assunto. Por isso, quem deseja entrar na área precisará desenvolver a habilidade de atualização constante dos seus conhecimentos.

Mergulhe nos conhecimentos mais atualizados sobre metodologias inclusivas, metodologias ativas, tecnologias assertivas e legislação educacional.

A busca por novos conhecimentos é indispensável para os profissionais dessa área. Com isso, eles conseguem adotar práticas eficazes e inovadoras.

Rotina de estudos para quem estuda Educação Especial

A formação em Educação Especial exige uma rotina de estudos com disciplina. Afinal, é um campo com um alto volume de teorias e práticas a serem estudadas até sua formação.

Veja a seguir algumas dicas que serão essenciais para construir uma rotina eficaz!

Crie um cronograma de estudos

Ter uma boa gestão de tempo é fundamental para estudar sobre Educação Especial. Afinal, as leituras podem ser longas e pesadas e será preciso conciliá-la com conteúdos práticos.

A disciplina poderá ser sua maior aliada. Estudar um pouco por dia, mesmo que seja por 15 minutos, ajuda a evitar que os conteúdos se acumulem ao longo do período. 

Isso também permite se organizar para fazer revisões e se aprofundar, também, em temas desafiadores.

Acompanhe inspirações e casos de sucesso

A Educação Especial é um campo com muitos nomes inspiradores. Estudar tanto as teorias quanto as trajetórias dos grandes intelectuais da área ajudam a aprofundar seus conhecimentos e motivá-lo no dia a dia.

Também é possível ver o que funciona e o que não funciona e, até mesmo, orientar novas práticas que podem ajudar em casos específicos na sua rotina. Quanto mais conhecer sobre essas histórias, mais sua criatividade poderá aflorar nesse momento e encontrar as melhores soluções para desafios que surgirem.

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Educação Especial: promovendo acessibilidade educacional. Fonte: Shutterstock.

Esteja atento às tendências atuais

O aluno da graduação de Educação Especial precisa se manter informado sobre novas tecnologias, como uso de realidade aumentada e softwares adaptados para o ensino inclusivo. 

Uma forma de fazer isso é acompanhando eventos desse campo. Também vale a pena ler os relatórios publicados pela UNESCO ou pela SBEE para se atualizar.

Estimule a criatividade

Cada criança tem uma forma de aprender. Por isso, os professores precisam desenvolver soluções inovadoras para a educação adaptada quando as primeiras opções não estiverem sendo tão eficientes.

Ao longo da sua formação, você pode adotar estratégias que ajudarão nisso. Por exemplo, criar materiais didáticos inclusivos ou simular práticas de ensino para diferentes tipos de deficiência pode ser uma forma de potencializar sua criatividade.

Pratique o uso de tecnologias assistivas

O estudante de Educação Especial deve dedicar tempo ao aprendizado sobre tecnologias assistivas. Como esse é um campo que tem avançado consideravelmente, novas ferramentas estão sendo desenvolvidas e é importante que os especialistas saibam como implementá-las.

Busque feedback de professores e colegas

Uma dica interessante para os alunos de Educação Especial é compartilhar suas ideias e projetos com colegas e professores, especialmente com quem tenha experiência na área.

Ao ouvir feedbacks construtivos, você pode melhorar suas abordagens e ter uma formação ainda mais sólida, chegando com maior segurança em sala de aula.

Quais são as modalidades de estudo para a graduação em Educação Especial?

A graduação em Educação Especial pode ser encontrada em diversas modalidades: Educação à Distância (EAD), presencial e semipresencial. Com isso, é possível encontrar opções para diferentes perfis e rotinas.

Cada formato tem suas características, prós e contras, que devem ser considerados ao escolher a melhor opção. Conheça mais sobre cada uma delas a seguir!

Dá para fazer o curso de Educação Especial EAD?

Sim, a graduação em Educação Especial está amplamente disponível na modalidade à distância (EAD). Nesse modelo, os alunos estudam remotamente, com uso de dispositivos conectados, assistindo aulas, lendo conteúdos e podendo estudar em qualquer horário.

Geralmente, são opções assíncronas, ou seja, não há um horário marcado para ver as aulas. Também não demanda que os estudantes precisem ir a um centro educacional para fazer as atividades.

Um dos seus principais benefícios é a flexibilidade de horários. Ou seja, quem trabalha, ou faz outras atividades, pode assistir às aulas no horário mais confortável para sua rotina.

Além disso, outras vantagens são:

  • Não há custos com deslocamento e alimentação, já que a pessoa pode estudar em casa;
  • Algumas pessoas sentem-se mais motivadas com conteúdos interativos, que podem estar disponíveis nas plataformas de Ensino à Distância;
  • Possibilidade de estudar a qualquer momento;
  • Permite que pessoas residentes em cidades sem faculdades e universidades possam estudar, com o uso de ferramentas digitais.

Já entre os desafios, estão:

  • O aluno precisa ter disciplina e organização para manter o ritmo de estudos.
  • As interações com colegas e professores é mais limitada em comparação com o presencial.

Existe o curso de Educação Especial na modalidade presencial?

A modalidade presencial é a mais tradicional no Ensino Superior e sim, possui opções de graduação em Educação Especial nesse modelo.

Essa é uma escolha popular para estudantes que valorizam o contato direto com professores e colegas, ou tenham preferência pelo formato presencial.

Uma de suas principais vantagens é trazer uma disciplina intrínseca na sua estrutura. Afinal, o estudante precisa estar na unidade nos dias e horários das aulas.

Aqueles que tenham dificuldades em seguir uma rotina sem horários definidos poderão se acostumar melhor com essa modalidade.

Outros benefícios dessa modalidade são:

  • Maior interação entre alunos e professores e aprendizado em grupo;
  • Acesso aos laboratórios e recursos físicos, como tecnologias assistivas e bibliotecas;
  • A rotina estruturada, com horários marcados, ajuda a manter o foco nos estudos. s.

Já entre os pontos desafiadores dessa modalidade, estão:

  • Custos maiores com deslocamento e alimentação;
  • Maior tempo gasto no deslocamento, especialmente em grandes centros;
  • Menor flexibilidade de horários.
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Habilidades para adaptar currículos às necessidades dos alunos. Fonte: Shutterstock.

Tem o curso de Educação Especial no modelo semipresencial?

Sim, estão disponíveis graduações em Educação Especial no modelo semipresencial. Esse modelo combina encontros presenciais com atividades online, oferecendo o melhor de ambos os mundos — e seus desafios também.

Geralmente, algumas aulas ocorrem online, de forma assíncrona, enquanto outras atividades (como seminários, trabalhos e provas) são feitos presencialmente na unidade.

Entre os benefícios, estão:

  • Flexibilidade para estudar em casa e acesso às atividades presenciais em dias específicos;
  • Ter acesso à instituição quando for necessário (por exemplo, consultar livros em bibliotecas);
  • Menos custos com deslocamento em comparação com o modelo presencial.

Já entre os pontos que podem ser um desafio, estão:

  • Demanda planejamento para conciliar as atividades presenciais e online;
  • Precisa estar disponível na região do aluno.

Qual é a duração e quais são as matérias do curso de Educação Especial?

A licenciatura em Educação Especial possui duração de 4 anos (8 semestres). Durante esse período, o aluno estudará tanto questões teóricas sobre Pedagogia, Educação Inclusiva e aprendizados práticos que poderão ser adotados em sala de aula.

Confira seguir mais detalhes sobre a grade curricular do curso!

1º semestre

No primeiro semestre, as disciplinas do curso serão:

  • Educação e diversidade;
  • Educação inclusiva;
  • Inovação educacional;
  • Libras – Língua Brasileira de Sinais;
  • Sociedade brasileira e cidadania

2º semestre

No segundo semestre, serão disponibilizadas as seguintes disciplinas:

  • Funcionamento da educação brasileira e políticas públicas;
  • Fundamentos da educação;
  • Pensamento científico;
  • Práticas educativas em espaços não escolares;
  • Psicologia da educação e da aprendizagem.

3º semestre

Chegando na metade do curso, o aluno terá as seguintes disciplinas no terceiro semestre:

  • Currículo e inovações;
  • Didática;
  • História da educação;
  • Organização do trabalho pedagógico na educação infantil;
  • Projeto de extensão I – educação especial.

4º semestre

Na metade do curso, os alunos de Educação Especial terão as seguintes disciplinas:

  • AEE I: educação infantil e ensino fundamental;
  • Arte e música na educação inclusiva;
  • Deficiências físicas e múltiplas;
  • Deficiências sensoriais;
  • Práticas pedagógicas – identidade docente;
  • Teorias pedagógicas aplicadas em educação especial e inclusiva.

5º semestre

Começando a segunda metade do curso, os alunos acompanharão as seguintes disciplinas no curso de Educação Especial:

  • Alfabetização na perspectiva da educação inclusiva;
  • Deficiência intelectual e altas habilidades/superdotação;
  • Estágio curricular obrigatório I;
  • Organização do trabalho pedagógico nos anos iniciais do ensino fundamental/
  • Práticas pedagógicas – gestão da aprendizagem;
  • Transtorno do espectro do autismo.

6º semestre

Estão entre as disciplinas disponibilizadas no sexto semestre de Educação Especial:

  • AEE II: ensino médio e educação de jovens e adultos;
  • Estágio curricular obrigatório II;
  • Estratégias pedagógicas: diagnóstico, planejamento e avaliação escolar;
  • Matemática na perspectiva da educação inclusiva;
  • Práticas pedagógicas – BNCC e a arte de educar;
  • Transtornos do neurodesenvolvimento.
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Educação Especial: a base para uma sociedade mais inclusiva. Fonte: Shutterstock.

7º semestre

No sétimo semestre, os estudantes de Educação Especial verão as seguintes matérias:

  • Comunicação suplementar alternativa;
  • Corporeidade, deficiência e sexualidade;
  • Estágio curricular obrigatório III;
  • Estratégias pedagógicas: projetos e ensino colaborativo;
  • Família e sociedade

8º semestre

No último período da formação, os alunos fecharão sua formação com as seguintes matérias:

  • Adolescência e juventude no século XXI 
  • Atividades complementares – projeto de extensão II – educação especial
  • Mundo do trabalho, parcerias e redes de apoio na inclusão escolar
  • Práticas pedagógicas: recursos pedagógicos adaptados
  • Tecnologias assistivas
  • Trabalho de conclusão de curso

Quais são as possibilidades de especialização em Educação Especial?

Além da graduação em Educação Especial, os alunos podem complementar sua formação com diversas opções de especialização, que capacitam os profissionais para atuar com eficácia e inovação no Ensino Básico.

Vamos conhecer a seguir algumas das opções de especializações disponíveis.

Educação Especial e Inclusiva

A especialização em Educação Especial e Inclusiva complementa e atualiza os aprendizados do curso. Ela aborda práticas inclusivas, legislação educacional e metodologias novas para atender alunos.

Além disso, algumas formações podem ter uma abordagem mais direcionada para demandas específicas, como o atendimento de alunos com deficiência física e intelectual, transtornos do neurodesenvolvimento e altas habilidades. 

Tecnologias Assistivas na Educação

O curso de Tecnologias Assistivas na Educação foca no aprimoramento do uso de ferramentas tecnológicas para melhorar a acessibilidade em ambientes educacionais.

Esse tipo de formação amplia as possibilidades de trabalho dos profissionais. Eles podem tanto aplicar esses recursos em sala de aula quanto, também, atuar em consultorias para mudanças nas escolas, sendo um prestador de serviço nessa área.

Libras e Educação Bilíngue

Essa é uma especialização focada no ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para os docentes. Pode ser uma forma de complementar os conhecimentos do professor nessa língua, tornando-o fluente nela.

Ela prepara os educadores para atuar em locais com alunos com deficiência auditiva em uma abordagem bilíngue (Português e Libras), promovendo uma comunicação mais acessível e inclusiva.

Psicopedagogia Inclusiva

O curso de Psicopedagogia Inclusiva combina os conhecimentos de Psicologia e Pedagogia para diagnosticar e intervir em dificuldades de aprendizagem.

Afinal, muitas vezes, são os professores os primeiros a identificarem eventuais problemas e sinais que podem indicar, por exemplo, transtornos de desenvolvimento e questões de aprendizagem.

Ela é voltada para profissionais que desejam apoiar o desenvolvimento educacional de estudantes com necessidades especiais. Também ajuda a proporcionar apoio para os pais.

Deficiências Múltiplas e Surdocegueira

O curso de especialização em Deficiências Múltiplas e Surdocegueira prepara os educadores para atuar com alunos que possuem deficiências complexas e demandam maior atenção para sua aprendizagem.

Essa formação inclui estratégias de ensino personalizado e práticas que ampliam a autonomia e participação de alunos com essas características tanto na sociedade quanto nos seus próprios processos de aprendizado.

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Preparação para atuar em escolas e centros especializados. Fonte: Shutterstock.

Mestrado e Doutorado

Para quem busca aprofundar-se ainda mais, ou deseja pesquisar sobre Educação Especial, é possível ingressar em programas de Mestrado e Doutorado tanto nessa área quanto em campos afins.

Algumas universidades oferecem programas de pesquisa com linhas que exploram temas relacionados com políticas públicas, desenvolvimento pedagógico e inclusão escolar.

Com isso, você pode ser um dos futuros intelectuais que vão contribuir para os avanços da educação inclusiva no Brasil. Ainda, poderá se tornar docente no Ensino Superior e formar novos professores para a Educação Especial.

Quais são as principais áreas para recém-formados?

Com o crescimento da área de Educação Especial, os recém-formados encontram oportunidades tanto em escolas quanto em outros segmentos do mercado, como consultorias voltadas para área educacional.

Confira a seguir algumas das principais possibilidades!

Professor de Educação Inclusiva

Uma das principais atuações dos formados em Educação Especial é trabalhar como professor de Educação Inclusiva em escolas regulares e especializadas (voltadas para alunos com necessidades especiais). 

Eles podem desenvolver e implementar práticas pedagógicas adaptadas para atender alunos com deficiência, transtornos do neurodesenvolvimento ou altas habilidades.

Habilidades necessárias:

  • Planejamento de aulas inclusivas.
  • Uso de tecnologias assistivas e conhecimento em Libras e braile.
  • Comunicação clara e empatia com alunos e pais.

Consultor educacional

Os consultores educacionais trabalham em empresas voltadas para atender as escolas (sejam elas públicas ou privadas), auxiliando na implementação de políticas de inclusão escolar.

Os profissionais podem trabalhar com treinamento de professores que não são especializados em Educação Especial, elaborar projetos pedagógicos novos para as instituições e orientar sobre práticas inclusivas modernas.

Habilidades necessárias:

  • Conhecimento em legislação educacional, como a Lei Brasileira de Inclusão (LBI);
  • Capacidade de análise e planejamento estratégico;
  • Boa comunicação para treinar equipe.

Psicopedagogo focado em Educação Inclusiva

O psicopedagogo é um profissional com um papel central tanto em escolas quanto, também, em clínicas multidisciplinares infantis e centros de apoio para pessoas com necessidades especiais.

Nessa área, ele pode oferecer intervenções psicopedagógicas para alunos com dificuldades de aprendizagem ou atuar em conjunto com neuropsicólogos, psicólogos e psiquiatras em diagnósticos diferenciais para os pequenos.

Habilidades necessárias:

  • Conhecimento sobre diagnóstico de dificuldades de aprendizagem;
  • Produção de estratégias pedagógicas adaptadas para cada situação;
  • Capacidade de trabalhar em equipe com outros especialistas.

Mediador escolar

O mediador escolar é um profissional que fica alocado dentro de sala de aula, auxiliando alunos com deficiências ou transtornos específicos a participarem de atividades escolares.

Eles são como uma equipe de apoio aos professores, oferecendo suporte individual durante as aulas e acolhendo os alunos em momentos desafiadores.

Habilidades necessárias:

  • Paciência e habilidade de adaptação;
  • Olhar detalhado e empatia;
  • Conhecimento em intervenções pedagógicas e mediação de conflitos entre crianças;
  • Boa comunicação com professores e alunos.

O coordenador de Educação Especial é um profissional em posição de liderança, responsável por gerenciar programas e recursos voltados à inclusão escolar em redes de ensino ou em instituições.

Coordenador de Educação Especial

Ele atua em conjunto com o coordenador pedagógico e com a diretoria, alinhando as demandas e objetivos de cada uma dessas áreas.

Habilidades necessárias:

  • Gestão de projetos educacionais;
  • Conhecimento em políticas públicas e inclusão escolar;
  • Habilidade de liderança e trabalho em equipe.
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Ensino teórico e prático para inclusão educacional. Fonte: Shutterstock.

Especialista em tecnologias assistivas

O especialista em tecnologias assistivas pode participar de startups e empresas de tecnologia que desenvolvem e aplicam tecnologias que promovem a acessibilidade para alunos com deficiência.

Ele traz sua bagagem de acessibilidade e educação inclusiva para atuar em conjunto com especialistas em inovação e tecnologia, conseguindo revolucionar o mercado nessa área e proporcionar uma educação diferenciada para alunos com necessidades especiais.

Habilidades necessárias:

  • Conhecimento em softwares educacionais e comunicação alternativa;
  • Capacidade de treinar professores no uso de ferramentas tecnológicas;
  • Conhecimento sobre inovação educacional;
  • Criatividade e inovação.

Pesquisador em Educação Especial

Os pesquisadores em Educação Especial dão continuidade aos trabalhos dos intelectuais que fizeram nome nessa área, desenvolvendo estudos sobre práticas pedagógicas, inclusão escolar e tecnologias educacionais.

Eles avaliam metodologias aplicadas, resultados obtidos e podem trazer teorias e conhecimentos novos que ajudem a proporcionar uma educação ainda mais inclusiva para as próximas gerações!

Habilidades necessárias:

  • Qualificação avançada, como mestrado ou doutorado.
  • Capacidade de conduzir pesquisas acadêmicas.
  • Boa comunicação escrita para publicações científicas.

É melhor ingressar na faculdade pública ou privada em Educação Especial?

Escolher entre uma faculdade pública ou privada de Educação Especial é uma questão pessoal, que depende de vários fatores: orçamento pessoal, preferência pelo método de ensino, se deseja uma formação voltada para o mercado ou sala de aula, entre outros.

Ambas têm características que podem atender a diferentes demandas e perfis, sendo necessário conhecer os prós e contras de cada uma delas. Confira mais a seguir!

A faculdade pública em Educação Especial

As faculdades e universidades públicas são conhecidas pela sua qualidade acadêmica e tradição. Muitas delas estão entre as melhores do mundo, inclusive.

Um dos seus pontos de maior destaque é oferecem cursos gratuitos. Ou seja, o aluno não precisa pagar mensalidades ao longo da sua formação. A exceção são as instituições públicas municipais que, geralmente, cobram mensalidades.

Entre seus benefícios, estão:

  • Gratuidade: elas não cobram mensalidades, tornando a formação mais acessível;
  • Renome acadêmico: elas são reconhecidas nacional e internacionalmente pela sua excelência acadêmica, além de terem uma boa avaliação no MEC e em rankings acadêmicos;
  • Corpo docente altamente qualificado: a maioria dos docentes são doutores na área de Pedagogia. A menor titulação encontrada é o Mestrado.
  • Incentivo à pesquisa: para quem tem desejo de ir para a área acadêmica, as universidades públicas possuem grupos de pesquisa que podem ajudá-lo a dar seus primeiros passos nessa área.

Já entre os pontos desafiadores, estão:

  • Alta concorrência: para entrar, o processo pode ser desafiador, já que a concorrência no SiSU é altíssima;
  • Menor flexibilidade: os cursos das universidades e faculdades públicas são, geralmente, presenciais, sem opções semipresenciais ou EAD;
  • Instabilidade no período de formação: elas estão suscetíveis a greves e paralisações, que podem aumentar o tempo de formação.

A faculdade privada para Educação Especial

As faculdades privadas destacam-se pela flexibilidade e inovação, trazendo um currículo bem atualizado na área de Educação Especial. Elas também atendem às expectativas dos estudantes que buscam uma experiência prática e adaptada às suas necessidades.

Como elas possuem uma burocracia menor para fazer mudanças na grade, geralmente seus currículos contemplam questões importantes do cenário atual. 

São outros benefícios de optar pela formação em instituições privadas:

  • Flexibilidade: muitas oferecem opções em EAD, semipresenciais e horários variados, sendo possível encontrar a melhor opção para sua rotina;
  • Infraestrutura moderna: elas possuem laboratórios atualizados e recursos digitais avançados;
  • Parcerias com o mercado: muitas possuem programas de estágio e parcerias com escolas e empresas do mercado educacional, facilitando a contratação após sua formação;
  • Facilidade de ingresso: O vestibular é menos concorrido, e há possibilidade de ingresso direto com nota do Enem.

Já entre os pontos que podem pesar nessa decisão, estão:

  • Custo com mensalidades: isso pode representar um desafio financeiro. Porém, pode ser amenizado com os programas de bolsas, como ProUni e bolsas próprias da instituição.
  • Variedade: a qualidade pode variar de acordo com a instituição, exigindo que o aluno pesquise bem antes de escolher a melhor faculdade.
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Formação em Educação Especial: um mercado em expansão. Fonte: Shutterstock.

Quanto custa a graduação em Educação Especial?

O custo da graduação em Educação Especial varia consideravelmente de acordo com a instituição e modalidade escolhidas. Além disso, fatores como infraestrutura e localização também pode alterar os valores.

As instituições públicas não possuem custos com mensalidades. Porém, você não pode esquecer os custos relacionados com transporte e alimentação, já que, na maioria dos casos, são graduações presenciais.

Já entre as faculdades privadas, os valores variam conforme a modalidade (presencial, semipresencial ou EAD), infraestrutura e número de vagas oferecidas por semestre.

Os valores podem variar entre R$ 300 a R$ 1000, em média.

Tem como conseguir bolsa de estudos em Educação Especial

Para os alunos de baixa renda, é possível contar com bolsas de estudos para fazer a graduação em Educação Especial. Elas podem variar entre 10% a 100% de isenção na mensalidade, com opções entre ProUni e bolsas próprias.

Também é possível viabilizar a formação em uma instituição paga com o FIES, sabia? Mesmo que não seja um programa de bolsas, mas você só precisará pagar os valores do financiamento após a sua formatura.

Vamos ver agora mais sobre as principais alternativas!

Bolsas próprias das instituições
A maioria das faculdades possuem seus próprios programas de descontos ou bolsas, que podem ser concedidas seguindo diversos critérios:

  • Desempenho no Enem;
  • Nota no vestibular próprio da instituição;
  • Avaliação de renda;
  • Parcerias com empresas conveniadas, entre outros.

Os percentuais também podem variar conforme a instituição, alcançando entre 10% a 100%. Então, tire suas dúvidas sobre como conseguir as bolsas diretamente na secretaria da faculdade escolhida!

ProUni (Programa Universidade para Todos)

O Programa Universidade para Todos (ProUni) é um programa governamental, que concede bolsas integrais (100%) e parciais (50%) para alunos de baixa renda. Eles precisam ter feito o Enem em uma das últimas duas edições e atenderem os critérios de elegibilidade.

O processo seletivo abre duas vezes por ano: uma logo após a realização do SiSU no começo do primeiro semestre e outra no início do segundo semestre. Essa é uma excelente alternativa para ingressar em instituições privadas com custo reduzido.

FIES (Fundo de Financiamento Estudantil)

O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é uma opção para quem não conseguiu participar dos programas de bolsas. Ele permite financiar os estudos e iniciar o pagamento apenas após a conclusão do curso.

Essa é uma solução prática para quem tem um orçamento disponível menor e não quer perder a oportunidade de fazer sua graduação em Educação Especial!

Como entrar na graduação em Educação Especial?

Os alunos podem contar com diferentes formas de ingresso no curso de Educação Especial, como o acesso direto pela nota do Enem, SiSU e vestibular próprio das instituições.

Vamos ver como funciona cada uma delas a seguir!

Acesso direto com a nota do Enem

Muitas instituições permitem o acesso direto por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para começar a estudar a graduação em Educação Especial. Nesse caso, o candidato não precisa realizar novas provas.

A própria instituição acessa todas as notas das pessoas inscritas no processo seletivo e pode decidir por:

  • Criar uma classificação, selecionando os alunos com as maiores notas de acordo com o número de vagas disponíveis;
  • Aprovar os alunos que tenham uma nota mínima, definida pela faculdade ou universidade, até que o número total de vagas esteja preenchido.

SiSU

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é o principal sistema voltado para acesso de graduações no Ensino Superior público. Nesse sistema, os candidatos podem se inscrever em vagas em todo o país, usando exclusivamente a nota do Enem.

Esse é um processo seletivo com uma alta concorrência, já que alunos de todo o Brasil estão em disputa de uma vaga em universidades federais e estaduais. Com isso, as notas de corte tendem a ser altas. 

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Curso voltado para a diversidade no ensino. Fonte: Shutterstock.

Vestibular para Educação Especial

Muitas faculdades, tanto públicas quanto privadas, possuem seus próprios vestibulares para ingressar nos cursos de Educação Especial. Cada instituição cria a sua própria prova, que pode ser parecida com a do Enem ou, então, seguir os modelos tradicionais.

Elas podem ser realizadas em uma data específica ou, então, em alguns casos, serem agendados para que o aluno faça a prova no momento que for mais cômodo em sua rotina.

Quais são as exigências para se formar em Educação Especial?

A graduação em Educação Especial exige algumas etapas para que o aluno possa ter o seu diploma. Elas variam de acordo com a instituição, mas, geralmente, incluem o estágio supervisionado, a realização do Enade e a realização do Trabalho de Conclusão de Curso.

Mas todas são obrigatórias? E como cada uma delas funciona? Vamos ver mais sobre isso a seguir!

A graduação em Educação Especial exige estágio obrigatório?

Não são todas as instituições que exigem a realização do estágio para formar-se em Educação Especial. Isso depende de cada uma delas. Muitas incluem como uma atividade essencial, enquanto outras só recomendam que o aluno se dedique a ela.

Porém, vale muito a pena investir no estágio durante sua formação, mesmo não sendo obrigatório. Essa experiência em sala de aula durante sua graduação permitirá que você tenha o suporte de um supervisor e ganhar maior segurança em situações desafiadoras.

Além disso, você chegará mais maduro e experiente após sua formatura, além de já ter uma experiência em ambientes reais em seu currículo. Alguns lugares podem, até mesmo, efetivá-lo, caso gostem do seu trabalho durante o estágio.

Enade para Educação Especial

O Exame Nacional de Avaliação de Desempenho de Estudantes (Enade) faz parte do sistema de avaliações do Ministério da Educação (MEC). Ele mede o desempenho dos estudantes ao final do curso, analisando os conhecimentos específicos da área de Educação Especial quanto de conhecimentos gerais.

Essa é uma prova importante para a avaliação institucional e pode aumentar a qualidade do seu curso no MEC, valorizando ainda mais o seu currículo. 

O exame é obrigatório para os cursos que forem selecionados para fazerem a prova naquele ano. Por isso, se a coordenação o convocar, você deverá comparecer.

Quem não faz a prova do Enade não poderá colar grau! As exceções são os casos em que o aluno justifica a sua ausência.

O TCC em Educação Especial

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) geralmente é uma etapa obrigatória no final do curso na maioria das instituições. Nele, o aluno precisa demonstrar que domina sua área de conhecimento.

O formato varia conforme as regras da faculdade, que podem ser um projeto prático, trabalhos teóricos (artigos ou monografias) ou estudos de caso. Ele pode ser, também, individual ou em grupo, variando de acordo com as normas do curso.

Vale a pena se formar em Educação Especial?

Sim, a graduação em Educação Especial é uma escolha que combina um forte impacto social com boas oportunidades profissionais no contexto atual. Com a crescente demanda por práticas inclusivas nas escolas, os especialistas vão se destacar em novas oportunidades.

Porém, é preciso considerar os salários da área e o retorno do investimento fieot nessa área. Vamos mostrar esses pontos a seguir!

Salário para formados em Educação Especial

O salário médio para um professor de Educação Especial no Brasil é de R$ 3.450*. Os valores podem variar dependendo da região, experiência, nível da instituição e especialização do profissional. 

Para ter uma dimensão, a média no estado de São Paulo para a mesma profissão é de R$ 10.998* por mês!

Fontes: sites Salário e Glassdoor. Os valores estão sujeitos à alteração ao longo do tempo.

Investimento vs retorno do curso de Educação Especial

O custo da graduação em Educação Especial é relativamente acessível, especialmente para quem faz a formação EAD. Com mensalidades mais baixas e custo menor na compra de materiais, é uma formação que não demanda um alto investimento.

Com o salário que poderá ganhar ao se formar, o retorno será rápido. Caso você se especialize em áreas com maiores remunerações, como psicopedagogia inclusiva ou coordenação em Educação Especial, isso demorará ainda menos tempo.

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Curso que une pedagogia e inclusão social. Fonte: Shutterstock.

Faça a graduação em Educação Especial na Ampli!

Agora que você sabe tudo sobre a graduação em Educação Especial, dê o primeiro passo para ser um profissional de sucesso: faça sua formação na Ampli!

Conte com a experiência de uma instituição by Anhanguera, com décadas dedicadas à formação dos melhores profissionais para o mercado. Aprenda com os melhores professores e materiais e conte com nossos programas para conseguir suas oportunidades de estágio e contratação no futuro.

Faça sua inscrição na licenciatura em Educação Especial na Ampli e conquiste seu sucesso profissional!

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