O que é graduação tecnológica?

Quando nos inscrevemos no vestibular ou escolhemos os cursos através do SISU ou ProUni, vemos o termo “graduação tecnológica”. Aí costuma pintar uma dúvida: o que é graduação tecnológica? Tem a ver com curso técnico? 

Apesar dos nomes serem semelhantes, são cursos totalmente diferentes. O curso técnico é de nível médio. O curso tecnológico, de nível superior. Assim, o tecnológico se junta às outras modalidades existentes no Brasil hoje: a licenciatura e o bacharelado. Antes de mais nada, não existe um ranking de qual curso é melhor do que o outro. Cada um deles atende a uma necessidade específica do mercado de trabalho. Vamos entender melhor abaixo.

O que é graduação tecnológica?

A graduação tecnológica, também conhecida como curso tecnólogo, é uma formação prática, que foca em uma determinada área do conhecimento. As grades curriculares desses cursos costumam ser mais enxutas, abordando disciplinas mais específicas e menos teóricas.

Conforme citamos anteriormente, os cursos tecnólogos, as licenciaturas e os bacharelados são tipos de graduações e em todas essas modalidades, o estudante conquista o diploma de ensino superior. A diferença entre essas modalidades está na abordagem acadêmica e no tempo de duração do curso.

A graduação tecnológica é composta pelos cursos superiores mais rápidos que existem, com tempo de duração entre 1 ano e meio e 2 anos e meio. Assim, é possível acelerar sua entrada no mercado de trabalho ou até mesmo conseguir uma promoção de cargo.

CTA cursos tecnólogos ead da ampli

A história da graduação tecnológica

Falamos muito da graduação tecnológica como se tivesse surgido há poucos anos, mas não é verdade. Ainda em 1969, um decreto do governo federal instituiu os cursos superiores de curta duração. 

As Escolas Técnicas Federais mantidas pelo Ministério da Educação e Cultura poderão ser autorizadas a organizar e manter cursos de curta duração, destinados a proporcionar formação profissional básica de nível superior e correspondentes às necessidades e características dos mercados de trabalho regional e nacional

DECRETO-LEI Nº 547, DE 18 DE ABRIL DE 1969 

Ou seja, já se pensava em alguma forma de habilitação superior com cursos mais curtos. Foi apenas em 1973 que outra norma deu o nome que conhecemos hoje, o curso superior de tecnologia (CST). Embora o número de alunos que frequentavam esses cursos aumentassem ano após ano, os cursos se tornaram mais conhecidos a partir do final dos anos 1990. E já existia, desde o começo, a abordagem de ser um curso com foco voltado ao mercado de trabalho, em uma área específica do conhecimento.

A ideia de um curso tecnólogo foi justamente o de preencher uma lacuna que, naquela época, já existia: a carência de profissionais de nível superior. Como o mercado de trabalho precisa de especialistas em determinadas áreas, os cursos tecnológicos apareceram com uma proposta inovadora. Assim, os graduados nessa modalidade estão habilitados a desempenhar essas atividades específicas, e com uma graduação em menor tempo.

O curso tecnólogo tem relação só com a tecnologia?

Sim e não, depende do ponto de vista. Se pensarmos que esses cursos são mais práticos e preparam o profissional para ocupar cargos e realizar trabalhos específicos, a resposta é não. Embora os profissionais trabalhem com novas tecnologias para desempenhar bem sua função, eles não lidam diretamente com o mercado de trabalho de tecnologia

Por outro lado, sim, existem muitos cursos tecnólogos com formações bem específicas para a área de Tecnologia da Informação. Assim, as formações em Redes de Computadores, Cibersegurança, Sistemas de Internet, Desenvolvedor de Software, têm a ver com tecnologia. Eles trabalham diretamente com algoritmos e linguagens de programação.

Como se formar em um curso tecnólogo?

Todo mundo que concluiu o ensino médio poderá fazer o vestibular ou o ENEM para ingressar em um curso tecnólogo. Até quem já fez algum outro curso superior pode fazer também. É importante verificar se a instituição de nível superior é reconhecida pelo MEC, o que garante a qualidade do curso e a validade do diploma.

As aulas da graduação tecnológica são, na sua maioria, a distância (EAD), mas há também os cursos presenciais. Os cursos EAD têm mensalidades mais acessíveis, e a vantagem de se poder fazer as aulas de qualquer lugar a qualquer hora. Já os cursos presenciais têm a vantagem de manter o contato físico com os professores e colegas de sala. Mas são um pouco mais caros e nem todos os alunos possuem tempo para se deslocar até a instituição de ensino para as aulas.

Veja também: Quais são as diferenças entre Faculdade EAD x Presencial?

Diferentemente do que se imagina, tanto a graduação presencial quanto a distância têm a mesma qualidade. Essa é uma exigência do MEC, para levar o ensino superior a mais pessoas. E a ideia do EAD é essa mesma: a de tornar o ensino superior mais acessível a todos.

Um tecnólogo poderá fazer concurso público?

Por se tratar de um curso de nível superior, será possível, sim. Contudo, é bom olhar o edital do concurso com calma. Há certames em que são exigidas formações específicas. Assim, se no edital aparece a instrução de que os candidatos devem ser formados em Arquitetura, o diploma de Design de Interiores não será aceito. 

Veja também: 5 dicas para montar uma rotina de estudos para concurso.

Outro detalhe importante é o registro profissional de algumas categorias. O concurso público pode exigir o registro para que o profissional possa atuar. Assim, ao terminar seu curso superior, dê entrada no pedido de registro com o diploma. De resto, os cursos tecnólogos são uma ótima porta de entrada para o mercado profissional. São cursos mais curtos, que vão habilitar o graduando em menos tempo para, dessa forma, o mesmo poder ingressar no mercado de trabalho!

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